Malala Yousafzai nasceu em 1997, em Mingora, no Paquistão. Filha de Ziauddin Yousafzai, um professor, e Tor Pekai Yousafzai.
A jovem Malala costuma contar que, quando nasceu, ninguém foi dar os parabéns ao seu pai, como é o costume após o nascimento de um menino. Malala tem dois irmãos.
A família de Malala sempre a apoiou em seus estudos. O destino das meninas paquistanesas é casar-se cedo, algo que Malala não queria para si. Sua mãe, dedicada à família e semi-analfabeta, não queria o mesmo destino para a filha.
Seu pai não era apenas professor, mas também dono da escola que Malala frequentava. Vendo o gosto da filha pelos estudos, ele passou a incentivá-la, aproximando-a de assuntos políticos, Literatura, Física, e outras disciplinas.
Em 2007, o Talibã, movimento fundamentalista islâmico nacionalista, tomou a região do Vale do Suat, onde ficava Mingora. A organização proibiu meninas de frequentarem a escola e ordenou o fechamento de todas as escolas públicas do lugar, inclusive a escola do pai de Malala.
Quando tinha 11 anos, Malala, utilizando um pseudônimo, começou a escrever, em um blog, a respeito de sua realidade no norte do Paquistão após a tomada do Talibã pela região. Esse blog chegou até a BBC e tornou-se bastante conhecido.
Malala continuou a ir para a escola, escondida, junto com outras amigas. Um documentário realizado pelo New York Times chegou a recolher um depoimento de Malala, dizendo que não iria desistir de estudar.
Seu ativismo foi crescendo ao ponto de Malala dar entrevistas e palestras defendendo o direito à educação de meninas no Paquistão. Com isso, passou a receber ameaças de morte do grupo fundamentalista.