Existem diversos fatores que podem levar um indivíduo a desenvolver um quadro anêmico. Em cada um dos casos, a doença surge e atua de maneira diferente. Abaixo estão listados os tipos de anemia:
Anemia ferropriva
É a forma da doença mais conhecida pela sociedade, causada pela falta de ferro no organismo. Na maioria das vezes, essa condição ocorre devido à má alimentação, mas também pode ocorrer em casos onde o indivíduo perde muito sangue. Cerca de 90% dos casos de anemia são do tipo ferropriva.
Crianças, adolescentes, gestantes, lactantes, e pessoas com dietas muito restritivas são consideradas grupo de risco para esse tipo de anemia.
Anemia megaloblástica
Esse tipo de anemia também é resultado de uma alimentação inadequada e ocorre devido a deficiência de vitamina B12. Além da alimentação, esse tipo de anemia pode surgir quando há problemas na absorção de nutrientes ou uso de medicamentos durante o tratamento do câncer. Nesse tipo de anemia, observa-se glóbulos vermelhos anormais, grandes e imaturos, que não conseguem desempenhar suas funções adequadamente.
Anemias hereditárias
Alguns tipos de anemia são herdados geneticamente. As mutações genéticas comprometem a produção e a vida útil das hemácias. Normalmente, são detectadas logo após o nascimento.
Nesse sentido, podemos citar a anemia falciforme e a talassemia.
O indivíduo com anemia falciforme apresenta hemácias com formato de foice. Essas células se rompem facilmente pois sua membrana alterada é mais sensível. Dentre as anemias hereditárias, a falciforme é a mais comum.
Os glóbulos vermelhos com essa forma mais alongada não conseguem passar através dos vasos sanguíneos, o que resulta em um bloqueio na circulação. Essa doença é resultado de uma mutação genética e para ser portador, é necessário que o gene mutado seja transferido pelo pai e pela mãe.
Pessoas não portadoras de anemia falciforme recebem um gene do pai (A) e um gene da mãe (A) para determinar sua hemoglobina. Dessa maneira, cada indivíduo vai possuir dois genes (AA). No caso da anemia falciforme, o indivíduo recebe genes anômalos provenientes tanto da mãe (S) quanto do pai (S), e assim desenvolve a anemia falciforme (SS). Podem ocorrer casos onde o indivíduo apresenta um gene normal e um mutado. Nesses casos, o indivíduo com genes AS vai ter traços falciformes porém não apresentará sintomas.
A figura A mostra hemácias (glóbulos vermelhos) normais a percorrer livremente as veias. A parte aumentada mostra um corte de um glóbulo vermelho normal com hemoglobina normal. A figura B mostra hemácias anormais em forma de foice que se aglomeram numa ramificação da veia. A parte aumentada mostra um corte de uma hemácia falciforme com longos filamentos de hemoglobina polimerizada que distorcem a forma da célula. (The National Heart, Lung, and Blood Institute (NHLBI), Public domain, via Wikimedia Commons)
Na talassemia (ou anemia do mediterrâneo), a mutação genética altera a produção de hemoglobina, resultando na produção anormal dessa proteína, que gera uma produção de hemácias menores e com baixa quantidade de hemoglobina. A talassemia apresenta-se em dois tipos: alpha e beta, que se manifestam nas formas minor, intermediária e major.
A forma minor é chamada também de traço talassêmico e produz uma anemia leve que pode passar despercebida.
A forma intermediária caracteriza-se por uma deficiência moderada da síntese de hemoglobina e consequências mais notáveis.
Já a talassemia major, ou anemia de Cooley, é a forma mais grave, causada pela transmissão de dois genes mutados (um do pai e um da mãe) e provoca anemia profunda e alterações importantes no organismo.
Anemia por doenças auto imunes
Esse tipo de anemia desenvolve-se em pessoas com doença autoimune, quando seu próprio organismo produz anticorpos que atacam as hemácias. Um exemplo disso é a anemia hemolítica autoimune.
Anemia por doenças crônicas
Pessoas portadoras de doenças crônicas como câncer, diabetes, ou doenças autoimunes podem desenvolver um quadro anêmico pois o organismo, ao perceber uma inflamação, pode retardar a produção dos glóbulos vermelhos e também reduzir a sobrevivência dessas células. A digestão do ferro também pode ser anormal no caso de algumas doenças crônicas, e esse fator pode levar a anemia.
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