Bom conhecedor da filosofia clássica grega, no decorrer da vida Hegel desenvolve seus próprios métodos filosóficos, influenciado principalmente pelos pensamentos clássicos gregos e escritos de pensadores alemães contemporâneos.
Em suas obras, Hegel procura entender o homem em sua totalidade e explicar que toda a vivência humana acontece através de um único sistema. Ou seja, para Hegel todo o universo, incluindo o tempo e a história, é entendido como um único organismo em constante mudança. O homem é então apenas uma parte desse sistema, e não necessariamente a parte mais importante.
Na concepção sistêmica o Estado funcionaria de forma mecânica, como uma engrenagem da qual os homens fazem parte. A organização estatal e os homens funcionando em conjunto, na visão de Hegel, é algo necessário para o convívio dos homens em sociedade.
Para a construção do hegelianismo, o alemão usa ideias e concepções filosóficas distintas, tanto dos clássicos gregos quanto de alguns filósofos europeus contemporâneos. As principais ideias influenciadoras do pensamento hegeliano são:
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Heráclito de Éfeso: Hegel toma a ideia da dialética como estrutura da realidade e do pensamento;
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Aristóteles: faz uso da noção dos três capitais. O capital universal, imanente e não transcendente. O capital do movimento, como passagem do que possa vir a ser para algo que, de fato, será. E por fim, a relação entre razão e experiência, que marca a importância do pensamento racional como forma de suprir necessidades internas;
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René Descartes: a principal contribuição está ligada ao racionalismo cartesiano. Hegel toma as ideias sobre a racionalidade do real, da coisa pensante e a racionalidade ligada às coisas materiais;
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Baruch Spinoza: Hegel usa a ideia spinoziana de que qualquer afirmação é uma negação;
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Immanuel Kant: colabora com a distinção entre o entendimento e a razão e a lógica transcendental, que remete a origem de todo o conhecimento;
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Johann Fichte: faz uso da dialética como processo de afirmação, negação e síntese;
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Friederich Schelling: Idealismo objetivo, ao ligar a identidade tanto do sujeito quanto do objeto a consciência do absoluto.
A partir do pensamento desses autores Hegel desenvolveu a filosofia hegeliana, uma das mais expressivas dos séculos XVIII e XIX, e que serviu posteriormente de base para o desenvolvimento de teorias no século XIX e XX, como as desenvolvidas por Marx e Engels.
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