O Brasil é o grande destaque econômico da América do Sul, já que é um dos integrantes dos BRICS - juntamente com Rússia, Índia, China e África do Sul.
Apenas Brasil e Argentina fazem parte do G20 (países industriais), enquanto que somente o Brasil integra o G8+5 (as nações mais poderosas e com maior influência do planeta).
Mercosul (Mercado Comum do Sul)
Criado em 1991 pelo Tratado de Assunção, entrou em vigor em 1995. É formado por dez países, divididos em membros efetivos e associados:
- Membros efetivos: Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai;
- Membros associados: Venezuela (em trânsito para se tornar efetivo), Chile, Bolívia, Peru, Colômbia e Equador.
O bloco tem como objetivo abolir progressivamente todas as barreiras alfandegárias entre os países-membros, visando ao livre-comércio. Além disso, propõe a formação de uma união aduaneira, ou seja, os países-membros comprometem-se a manter a mesma alíquota de importações para determinados produtos.
O Mercosul abrange a região geoeconômica drenada pela bacia do Prata (bacia do Paraná, Uruguai e Paraguai), onde se encontram as áreas mais industrializadas, de agricultura mais diversificada e moderna, de maior concentração populacional e melhor infraestrutura de transporte e energia, tais como o Centro-Sul do Brasil, o Pampa argentino e uruguaio e a porção oriental do Paraguai.
O eixo de ligação entre essas regiões será a hidrovia formada pela bacia do Prata, que irá baratear em quase 40% o transporte de grãos, carne e produtos industrializados nas áreas por ela drenadas.
O Mercosul é uma resposta às novas exigências da economia mundial, baseadas na liberação dos mercados econômicos nacionais à competitividade internacional, levando a um maior fluxo de mercadorias, a uma maior concentração de capitais e à abertura de novos mercados de consumo e investimento.
Legenda: Mapa com os países pertencentes ao Mercosul.
Agropecuária
A agricultura sul-americana, entretanto, não emprega sistemas ou técnicas uniformes para um mesmo produto.
Até aproximadamente 1930, as técnicas e os métodos de plantio eram arcaicas, caracterizado pela ausência de mecanização e adubação, preparo inadequado dos solos, ineficiência no combate às pragas etc.
Assim, somente a partir de 1930 tem-se tratado desses problemas, tentando-se, inclusive, a recuperação de terras esgotadas em virtude do uso predatório.
Grande parte dos produtos agrícolas e pecuários é destinada ao consumo local e ao mercado interno. No entanto, a exportação de produtos agrícolas é fundamental para o equilíbrio da balança comercial da maioria dos países.
Os principais cultivos agrários são os de exportação, como a soja e o trigo. A produção de alimentos básicos como as hortaliças, o milho ou o feijão é grande, mas voltada para o consumo interno.
Nas regiões tropicais, os cultivos mais importantes são o café, o cacau e as bananas, principalmente no Brasil, na Colômbia e no Equador.
Por tradição, os países produtores de açúcar para a exportação são: Peru, Guiana e Suriname, sendo que no Brasil, a cana-de-açúcar também é utilizada para a fabricação de álcool combustível. Na costa do Peru, nordeste e sul do Brasil cultiva-se o algodão.
É também do campo que provém uma fonte de riqueza de alguns países sul-americanos: a pecuária.
A criação de gado destinada à exportação de carne é importante na Argentina, no Brasil, no Paraguai, no Uruguai e na Colômbia.
Em razão de uma série de fatores, tais como o relevo acidentado, os países andinos não se destacam por seus rebanhos.
Os maiores rebanhos bovinos pertencem ao Brasil, Argentina e Uruguai, onde também se concentram grandes criações de ovinos, suínos e equinos.
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Combustíveis e minérios
O subsolo sul-americano é rico em petróleo. Cerca de 25% da área total da região contém bacias sedimentares em que podem ocorrer reservas.
A Venezuela, com uma reserva estimada em 17 bilhões de barris, possui a mais rica área petrolífera da América do Sul. Outros países sul-americanos que dispõem de grandes reservas são Argentina, Colômbia, Peru, Bolívia e Brasil.
A América do Sul também é rica em minério de ferro, que ocorre em imensa quantidade, sobretudo no planalto das Guianas e no escudo Brasileiro. O Brasil possui uma das maiores reservas de minério de ferro do mundo.
Outro recurso mineral importante da América do Sul é o cobre, que se encontra principalmente nas terras geologicamente recentes dos Andes, nos territórios do Chile e no Peru.
O Brasil também possui imensas reservas de manganês. Uma das maiores jazidas do mundo está localizada a sudoeste do estado de Mato Grosso. Um depósito menor, porém mais acessível, é explorado no estado do Amapá.
Industrias
Os países mais industrializados da América do Sul são Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Venezuela e Uruguai, respectivamente. Esses países sozinhos respondem por mais de 75% da economia da região.
Esses países, com exceção do Chile e da Venezuela, que já evoluem no sentido de uma maior diversificação industrial, continuam sendo, basicamente, produtores de matérias-primas, sobretudo de recursos minerais, como a maior parte dos países andinos.
Principais produções dos países da América do Sul:
- Bolívia: estanho, ferro, gás natural;
- Peru: cobre, prata, petróleo, além de pescados;
- Equador: petróleo, banana;
- Colômbia: café, carvão, petróleo;
- Chile: cobre, frutas.
A Venezuela é o principal produtor e exportador de petróleo da América do Sul. Já Uruguai e Paraguai continuam basicamente sendo produtores e exportadores de produtos agropecuários, como soja, arroz, milho etc.
As indústrias na América do Sul começaram a tomar peso sobre as economias da região a partir de 1930, quando a Grande Depressão nos Estados Unidos e outros países do mundo impulsionaram a produção industrial do subcontinente.
A partir desse período, a região deixou a face agrícola para trás e passou a obter altas taxas de crescimento econômico, que se mantiveram até o início da década de 1990, quando se desaceleraram devido a instabilidades políticas, crises econômicas e políticas neoliberais.
Desde o fim da crise econômica de Brasil e Argentina - que ocorreu no período de 1998 a 2002, e que provocou recessão econômica, aumento do desemprego e queda da renda da população -, os setores industriais e de serviços vem se recuperando rapidamente, principalmente no Chile, na Argentina e no Brasil, que crescem a uma média de 5% ao ano.
Toda a América do Sul, após esse período, vem se recuperando rápido e demonstrando bons sinais de estabilidade econômica, com inflação e taxa de câmbio controlados, crescimento contínuo, diminuição da desigualdade social e do desemprego. Estes são fatores que favorecem a indústria.