O Regime Militar no Brasil foi marcado por governos autoritários que tiveram início com o Golpe Militar de 1964 e duraram até o ano de 1985. Em seus anos finais, uma série de medidas e acontecimentos encaminharam o país para a transição democrática.
Apesar de, em 1974, o governo Geisel propor uma “abertura lenta, gradual e segura” em direção a retomada da democracia e suas liberdades políticas, foi só mesmo em 1979 que o Regime Militar adotou políticas que retomavam, em partes, as liberdades democráticas no país. Durante o governo do Presidente Figueiredo foi decretada a anistia aos presos políticos e exilados, e o fim do bipartidarismo. Nesse contexto de divulgação dos crimes de tortura da ditadura, começou a aumentar a rejeição ao regime político e quanto a situação econômica do país, a inflação chegou a 211% em 1983 e a dívida externa alcançou número exorbitantes.
Em 1982, os partidos políticos puderam disputar eleições para os cargos do legislativo e nos governos estaduais. Dessa forma, a oposição ao regime começou a articular uma forma de garantir eleições diretas também para Presidência da República, logo para a sucessão de João Batista Figueiredo.
O deputado Dante de Oliveira, do PMDB, elaborou um projeto de lei que ficou conhecido como “Emenda Dante de Oliveira”, que propunha a retomada das eleições diretas e que rapidamente ganhou alcance nacional.
Políticos do PMDB, PDT, PT e civis apoiadores começaram a organizar reuniões e comícios na intenção de reivindicar a aprovação da emenda e a volta das eleições diretas para presidente no Brasil.