O Plano Real foi o sexto projeto grandioso de estabilização da moeda e regulação da economia que foi implementado, no Brasil, desde o fim da ditadura militar. Foi, entretanto, o primeiro que obteve algum sucesso.
Desde o governo de José Sarney, primeiro presidente do período de redemocratização, passando pelo governo de Fernando Collor, o Brasil viu suas taxas de inflação chegarem a mais de 1000%.
O objetivo do Plano Real era regular as taxas da inflação. Para isso, foi criada uma unidade real de valor (URV), que se aplicava a todos os produtos e correspondia a um dólar. Mais tarde, a URV se tornou a nova moeda brasileira, o real.
O plano desenvolvido por Fernando Henrique Cardoso foi eficaz ao controlar a inflação, reduzir o déficit orçamentário e aumentar o poder de compra da população a partir do aumento das taxas de juros.
Além disso, como Ministro da Fazenda, FHC promoveu a redução de gastos no orçamento público, porém, a custo da privatização de dezenas de empresas antes estatais, de cortes de gastos com políticas sociais e do aumento do número de desempregados.
As três fases do Plano Real foram:
- o ajuste fiscal, que consistiu em arrocho orçamentário (corte de gastos e aumento de impostos), com o objetivo de equilibrar as contas;
- a implementação da URV (Unidade Real de Valor), uma moeda virtual atrelada a cotação do dólar, parte da transição para a criação de uma nova moeda;
- a criação de uma nova moeda oficial em 1994: o real.
O sucesso de sua atuação, principalmente no âmbito econômico, com o Plano Real, levou Fernando Henrique Cardoso a ganhar a disputa presidencial em 1994, tornando-se o sucessor de Itamar Franco.