Os caldeus eram um povo semita cuja história leva a crer que se estabeleceu na baixa Mesopotâmia durante o primeiro milênio antes de Cristo e que, posteriormente, ocupou a cidade da Babilônia, que estava sob o controle dos assírios. O povo caldeu juntamente com os povos medos, foram os grandes responsáveis pela derrota do Império Assírio.
A partir da aliança militar entre medos e caldeus, aconteceu a derrubada de Nínive, capital do Império Assírio, em 612 a.C. Durante a ocupação da capital a majestosa Biblioteca de Nínive, construída pelo rei Assurbanipal, 30 anos antes da dominação, foi completamente destruída.
O Império Assírio era considerado a maior potência militar da Mesopotâmia. Contudo, inovações estratégicas e o surgimento de novas ferramentas bélicas, enfraqueceu o exército assírio. Perto de seu fim, os assírios perderam o controle dos seus domínios, internamente rebeliões e guerras civis enfraqueceram o poderio. Enfraquecidos, foram conquistados e dominados pelos caldeus.
O avanço caldeu sobre o Império Assírio teve início em 626 a.C., sob a liderança do rei caldeu Naboplasar, que começou com a tomada do controle da Babilônia das mãos de uns dos filhos de Assurbanipal (rei assírio).
A autonomia da Babilônia não era aceita pelo rei assírio, o que levou a declaração de guerra contra Naboplasar e a Babilônia. A guerra se estendeu até 612 a.C., quando houve a invasão e a destruição da então capital assíria, Nínive. Assim, em 612 a.C., o Império Assírio foi totalmente controlado, dando início ao Império Caldeu, ou segundo império o da Babilônia. O Império Caldeu foi breve, durando menos de um século (612 a.C. - 539 a.C.), tendo seu auge nas mãos do rei Nabucodonosor (605 a.C. - 563 a.C.).
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O Império Caldeu e Nabucodonosor
Após os triunfos de Naboplasar, o rei dos caldeus se encontrava velho, passando suas responsabilidades para o seu filho, Nabucodonosor. O jovem príncipe foi, primeiramente, incumbido da tarefa de expulsar os egípcios do território da Síria. Foi bem sucedido, liderando um avanço nessa região, contudo, voltou às pressas para a Babilônia após a notícia do falecimento de seu pai, em 605 a.C., que o tornou rei do Império Caldeu.
Assim, como rei, Nabucodonosor partiu para a conquista dos territórios do mediterrâneo, estabelecendo um rígido controle na região, submetendo os povos que ali residiam a pagar tributos ao Império. Em 598 a.C., o rei de Judá recusou-se a pagar o tributo e, por consequência, foi morto. Os babilônios conquistaram Jerusalém e o reino de Judá.
O segundo império babilônico teve uma grande expansão de seu território nas mãos de Nabucodonosor. Seu domínio quase se estendeu por todo o crescente fértil, mas os caldeus não dominaram o território egípcio. Contudo, com a morte de Nabucodonosor, o império começou a entrar em decadência por não conseguir exercer controle nas regiões já conquistadas e por não conseguir se defender da nova ameaça que surgiu ao leste: os persas.
Em 539 a.C., o Império Caldeu caiu para o domínio dos persas, pelas mãos de Ciro I. Pode-se dizer que o domínio persa sobre a Mesopotâmia marca o fim das civilizações mesopotâmicas, já que o Império Persa foi o primeiro a conquistar todo o território da antiguidade oriental, e a Mesopotâmia se tornou apenas uma de suas muitas províncias.