Antes da Segunda Guerra Mundial, a Tchecoslováquia era um país capitalista. No entanto, possuía uma esquerda forte e uma classe operária importante. Além disso, Praga, sua capital, era um antro intelectual muito significativo e, também, palco de lutas sociais e operárias de destaque.
Durante a Segunda Guerra Mundial, a Tchecoslováquia foi destruída e dominada pelo nazismo. O país se libertou do domínio nazista através do exército da União Soviética (exército vermelho). Enquanto avançavam em direção a Berlim, os soviéticos derrotaram os nazistas na Tchecoslováquia e destruíram o poder das burguesias locais para que fosse possível instaurar um governo com tendências socialistas.
O mundo após a Segunda Guerra Mundial foi dividido entre o bloco capitalista (liderado pelos Estados Unidos) e o bloco socialista (liderado pela União Soviética) - tanto que ficou conhecido como mundo bipolar. Essas duas potências disputavam a hegemonia global. Tal período de disputa ficou conhecido como Guerra Fria, pois não houve confronto direto.
No decorrer da Guerra Fria, os Estados Unidos criaram a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) em 1954. Em contraposição, a União Soviética criou o Pacto de Varsóvia (aliança militar entre os países socialistas do leste europeu e a União Soviética) em 1955.
A Tchecoslováquia era, então, um país socialista - e, portanto, aliado ao bloco liderado pela União Soviética durante a Guerra Fria. Vale ressaltar que, neste período, o regime adotado pela União Soviética e seus aliados era extremamente autoritário e burocrático.