“Sagarana” é um livro escrito por Guimarães Rosa, publicado em 1946. Ele é composto por nove contos no total e pertence ao modernismo, principalmente por três características principais:
- o regionalismo, pois a obra se passa no interior de Minas Gerais);
- por sua linguagem, que mistura diferentes neologismos e linguajar popular;
- e pelo resgate do imaginária e da cultura popular.
É importante sabermos que o regionalismo de Guimarães Rosa em “Sagarana” é universalizante, pois a leitura do que é regional pode ser vista pelo leitor em um ângulo universal, já que não traz elementos exóticos, e sim humanos (que poderiam ser qualquer pessoa em qualquer lugar, mas estão em Minas Gerais).
Além disso, o tempo do livro é indeterminado e sua narração é feita, na maioria dos contos, em terceira pessoa por um narrador onisciente e onipresente, com exceção de “Minha Gente” e “São Marcos”, que são narrados em primeira pessoa, e “Corpo Fechado”, que é narrado por um narrador-personagem.
O próprio título do livro (‘Sagarana”) é um neologismo feito por Guimarães, que vem das palavras “saga” (que significa “narrativa épica”) e “rana” (sufixo tupi que significa “à moda de” ou “à maneira de”).
Abaixo, vamos ver o resumo dos nove contos que estão presentes no livro.