Os pronomes possessivos devem concordar em gênero (feminino / masculino) e número (plural / singular) com a coisa ou objeto possuído. Além disso, ele deve concordar em pessoa gramatical com o possuidor.
Exemplos:
No quadro mais acima, vemos que a 2ª pessoa do singular tem como pronomes possessivos “teu”, “tua”, “teus”, “tuas”. Porém, os possessivos “seu(s)” e “sua(s)” também podem se referir à 2ª pessoa do discurso (tu/você), causando eventuais ambiguidades na hora de empregá-los, como nos exemplos abaixo:
- Todos os dias, Joana pensava em seu amigo, sem saber qual seria seu destino.
Neste exemplo, “seu destino” pode estar significando o destino de Joana ou o destino de seu amigo. Esse tipo de ambiguidade pode ser evitada se, ao invés de usar o possessivo “seu”, substituirmos por “dele” ou “dela”.
- Marina pediu ajuda para Gabriela, a fim de decidir se usava ou não seu cachecol rosa.
Aqui também a ambiguidade está presente, visto que “seu cachecol” pode estar referindo ao cachecol de Marina ou ao de Gabriela.
Pronomes de tratamento (Vossa majestade, Vossa senhoria, etc.), exigem possessivos na 3ª pessoa (seu(s), sua(s)), e não na 2ª (vosso(s), vossa(s)).
Exemplos:
- Vossa Excelência precisa se preocupar com sua saúde.
- Vossa Excelência trouxe sua traje.
Em determinados casos, os possessivos podem ser substituídos por pronomes oblíquos equivalentes. Veja abaixo:
Meu(s), minha(s) → me
Teu(s), tua(s) → te
Seu(s), sua(s) → lhe(s)
Nosso(s), nossa(s) → nos
Vosso(s), vossa(s) → vos |
Exemplos:
- O barulho atrapalhava-me na concentração. (= atrapalhava a minha concentração)
- A partida dela destruiu-nos a alegria de viver. (= destruiu a nossa alegria)
- Vou seguir-lhe os passos. (= vou seguir seus passos)