Quando se fala em nacionalismo, é comum que associemos a palavra, em um primeiro momento, a um sentimento de valorização da pátria e, por extensão, de tudo aquilo que lhe pertence, ou seja, de tudo aquilo que é nacional.
No entanto, é necessário ir além desse sentido primeiro e estrito do que é o nacionalismo, pois, na verdade, consiste em uma ideologia política surgida após a Revolução Francesa (1789-1799).
Essa doutrina foi de suma importância para a fase industrial da humanidade, no século XIX, época em que os estados-nação tomam forma. Essa organização dos estados-nação foi fundamentada, em primeiro lugar, pela difusão dos ideais iluministas vindos, sobretudo, da França. Esses ideais se refletiam no desejo de um governo democrático, em que houvesse participação dos cidadãos.
O nacionalismo, nesse sentido, baseado no sentimento de pertencimento a uma cultura e de identificação com a pátria, influenciou países que se consolidaram no século XIX, como a Alemanha e a Itália.
Assim, os estados-nação que se formaram no século XIX se diferenciam daqueles formados anteriormente, nos séculos XVI e XVII, pois sua soberania não estava mais ligada à figura de um monarca, isto é, um rei, mas sim relacionada aos cidadãos que, juntos, eram responsáveis por compor a nação.
A influência do nacionalismo se deu, também, em movimentos extremistas, que deram origem a governos totalitários, a exemplo do nazismo, na Alemanha, e do fascismo, na Itália e no Japão.