Durante o Primeiro Reinado, Dom Pedro I convocou uma Assembleia Constituinte a fim de elaborar a primeira constituição nacional.
Entretanto, como o documento não estava de acordo com suas pretensões, prendeu os deputados da Assembleia e impediu sua continuidade.
Nesse contexto, Dom Pedro I convocou dez membros aliados para a confecção da primeira Constituição do Brasil que foi outorgada pelo próprio rei em 1824.
Nela, o poder de Dom Pedro I foi ampliado com a criação de um quarto poder, o Poder Moderador, que se sobrepunha aos outros três poderes nas tomadas de decisão.
Iniciou-se assim um governo centralizado e autoritário por parte de Dom Pedro I, o que acabou por desagradar grande parte da população.
Em 1826, com a morte de seu pai, Dom João VI, o monarca voltou à Portugal na intenção de assumir as duas coroas, a do Brasil que já lhe pertencia, e a de Portugal.
Uma vez que possuir duas coroas era proibido tanto pela Constituição de Portugal quanto pela Constituição brasileira, Dom Pedro I abdicou ao poder em Portugal e deixou sua filha, Maria da Gloria, como herdeira ao trono.
É nesse contexto que, em Portugal, Dom Miguel, irmão de Dom Pedro I, promove um golpe na tentativa de assumir o poder. Essa situação fez com que Dom Pedro I se dedicasse mais aos problemas externos do que com as questões do Brasil, deixando o Partido Brasileiro e o restante da população extremamente insatisfeitos.
A perda do território da Cisplatina, as fortes repressões aos movimentos sociais e a falência de órgãos importantes, como o Banco do Brasil, só vieram aumentar a impopularidade no monarca.
Em 07 de abril de 1831, Dom Pedro I abdicou ao trono brasileiro. É seu filho, Dom Pedro II, que assume como seu sucessor.
Entretanto, na ocasião, Dom Pedro II tinha apenas 5 anos, obrigando o Brasil a ser governado por regentes até sua maioridade, no chamado Período Regencial.
Dom Pedro I faleceu de tuberculose na mesma cidade em nasceu em 1834, aos 36 anos de idade.