Logo da Quero Bolsa
Como funciona
  1. Busque sua bolsa

    Escolha um curso e encontre a melhor opção pra você.


  2. Garanta sua bolsa

    Faça a sua adesão e siga os passos para o processo seletivo.


  3. Estude pagando menos

    Aí é só realizar a matrícula e mandar ver nos estudos.


Guerra dos Mascates: o que foi, causas e consequências

História do Brasil - Manual do Enem
Gabriela Botelho Publicado por Gabriela Botelho
 -  Última atualização: 29/10/2024

Introdução

A Guerra dos Mascates (1710-1712) foi um movimento nativista que ocorreu na capitania de Pernambuco durante o período colonial. Tal movimento aconteceu por conta de rivalidades locais e não visava ao rompimento com a metrópole, isto é, não era emancipacionista.

O conflito se deu entre os senhores de engenho de Olinda e os comerciantes portugueses de Recife, em uma disputa pelo poder local. A guerra recebeu esse nome devido à participação dos comerciantes portugueses, que eram chamados pejorativamente de mascates

📚 Você vai prestar o Enem? Estude de graça com o Plano de Estudo Enem De Boa 📚 

Índice

Contexto histórico da Guerra dos Mascates

Em meados do século XVII, um conjunto de movimentos políticos começou a se mobilizar no Brasil Colônia, os denominados movimentos nativistas. Esses movimentos expressavam o descontentamento dos colonos em relação aos abusos de Portugal, que se intensificaram após a Restauração Portuguesa.  

Vale ressaltar que esses movimentos não eram emancipacionistas, e sim visavam à defesa de interesses locais ou regionais. Outros movimentos que podem ser classificados como nativistas são a Revolta de Beckman, a Guerra dos Emboabas, a Revolta de Filipe dos Santos e a Aclamação de Amador Bueno.

Um mascate e seu escravo, 1822  Após serem expulsos do Nordeste brasileiro, os holandeses passaram a cultivar cana-de-açúcar nas Antilhas, que eram suas colônias. Dessa forma, como eles já dominavam o refino e a comercialização do açúcar na Europa, economia açucareira do Brasil entrou em crise.

Assim, o poder econômico local passou a rodar em torno do povoado de Recife, dominado por comerciantes portugueses, chamados pejorativamente de mascates. Devido à decadência da cana, os senhores de engenho de Olinda passaram a se endividar com os comerciantes portugueses de Recife. Ainda assim, eles continuavam a controlar o poder político da capitania de Pernambuco.

Saiba mais:
Guerra de trincheiras: resumo

Qual foi o motivo da Guerra dos Mascates?

A Guerra dos Mascates teve como principal causa a grande rivalidade entre os senhores de engenho de Olinda e os comerciantes portugueses de Recife, sendo que os comerciantes portugueses contavam com o apoio do governador Sebastião de Castro Caldas. Essa rivalidade podia ser observada, principalmente, por meio da disputa entre Olinda e Recife pelo poder político da capitania de Pernambuco.

Além disso, o favorecimento da metrópole aos comerciantes, a crise econômica em Olinda e o forte sentimento antilusitano por parte dos aristocratas olindenses também são causas do conflito.

A Guerra dos Mascates teve início quando Recife foi elevada ao título de vila, o que favorecia os comerciantes portugueses. 

Objetivo da Guerra dos Mascates

A aristocracia de Olinda iniciou essa revolta com o objetivo de dominar politicamente a região da capitania de Pernambuco. Ademais, a rebelião também visava a fazer com que a Coroa tratasse igualmente Olinda e Recife. Por fim, os aristocratas também lutavam para que Recife fosse rebaixado ao grau de povoado

Quais foram os principais acontecimentos da Guerra dos Mascates?

Em 1710, os senhores de engenho de Olinda, comandados por Bernardo Vieira de Melo e Pedro Ribeira da Silva, invadiram Recife, libertaram os presos e destruíram o Pelourinho (coluna de pedra em que puniam os considerados criminosos em local público). A invasão teve como justificativa o fato de que os recifenses desrespeitavam as fronteiras entre as comarcas de Recife e Olinda. 

Em 1711, os comerciantes portugueses de Recife revidaram e invadiram Olinda. Eles destruíram vilas e engenhos durante a invasão.

Também em 1711, a Coroa Portuguesa nomeou um novo governador para a capitania de Pernambuco, Félix José de Mendonça, e enviou tropas para conter a revolta e para prender os responsáveis pelo conflito. A Guerra dos Mascates cessou em 1712, após essas medidas.

Quer estudar ainda mais conteúdos de História do Brasil? Confira os materiais do Manual do Enem e arrase nos vestibulares!

Quais são as consequências da Guerra dos Mascates?

Ao fim da guerra, o novo governador determinou que os principais líderes do movimento fossem presos. Além disso, em 1712, Recife recebeu o título de cidade e capital de Pernambuco, o que evidencia o favorecimento dos comerciantes portugueses pela Coroa Portuguesa. Como consequência disso, a rivalidade entre os senhores de engenho e os comerciantes portugueses se intensificou ainda mais

Após dois anos do fim da Guerra dos Mascates, em 1714, o rei que governava na época, D. João V, concedeu anistia às pessoas que participaram do conflito, desde que não houvesse mais confrontos. 

Ademais, a fim de evitar novas revoltas, o governador Félix José estabeleceu que a administração de Pernambuco seria alternada semestralmente entre Olinda e Recife.

Exercício de fixação
Passo 1 de 3
FUVEST

A chamada Guerra dos Mascates, ocorrida em Pernambuco, em 1710, deveu-se:

A ao surgimento de um sentimento nativista brasileiro, em oposição aos colonizadores portugueses.
B ao orgulho ferido dos habitantes da vila de Olinda, menosprezados pelos portugueses.
C ao choque entre comerciantes portugueses do Recife e à aristocracia rural de Olinda pelo controle da mão de obra escrava.
D ao choque entre comerciantes portugueses do Recife e a aristocracia rural de Olinda, cujas relações comerciais eram, respectivamente, de credores e devedores.
E a uma disputa interna entre grupos de comerciantes, que eram chamados depreciativamente de mascates.
Prepare-se para o Enem com a Quero Bolsa! Receba conteúdos e notícias sobre o exame diretamente no seu e-mail