Em sua carreira, Tarsila viveu várias fases, a primeira foi chamada de Pau-Brasil (1924 a 1928), em que a artista utiliza cores e temas brasileiros junto da exuberância da fauna e da flora do país: ‘Encontrei em Minas as cores que adorava em criança. Ensinaram-me depois que eram feias e caipiras. Mas depois vinguei-me da opressão, passando-as para as minhas telas: o azul puríssimo, rosa violáceo, amarelo vivo, verde cantante, …’.
Em 1926, Tarsila e Oswald casam-se e em 1928 a artista pinta Abaporu, sua obra mais renomada. Essa obra inspirou o Movimento Antropofágico, idealizado por seu marido. A obra, que significa “homem que come homem” em tupi guarani, simboliza as ideias do manifesto antropofágico e do movimento, fundados por Oswald de Andrade.
Em 1929, Tarsila expõe suas obras pela primeira vez no Brasil, neste mesmo ano, com a quebra da bolsa de Nova Iorque, a artista e sua família perdem boa parte de suas riquezas, inclusive as fazendas.
Em 1930, Oswald de Andrade separe-se de Tarsila para casar-se com Patrícia Galvão, conhecida como Pagu. Nesse momento a artista plástica passa a dedicar-se ao trabalho, com o cargo de conservadora da Pinacoteca do estado de São Paulo até o momento da ditadura de Getúlio Vargas, quando ela perde o cargo.
Em 1930, Tarsila vai para a URSS com seu atual companheiro, o psiquiatra Osório César. Nesse período a pintora passa a se interessar mais pelo pensamento político e social, bem como a causa operária.
Em 1933, já de volta ao Brasil, Tarsila inicia sua fase mais social, pintando telas como “Operários” e “Segunda classe”. Em meados dos anos 30 a artista também termina sua relação com Osório César e passa a ter um relacionamento com o escritor Luis Martins.
Em 1950, Tarsila retoma a temática do Pau Brasil com a tela “Fazenda” entre outras. Desde que terminou o namoro com Osório César, ela nunca mais se envolveu com política.
Tarsila participou da I Bienal de São Paulo em 1951 e teve sala especial na VII Bienal de São Paulo, ela também participou da Bienal de Veneza em 1964.
Em 1969, a doutora e curadora Aracy Amaral realizou a Exposição, ‘Tarsila 50 anos de pintura’. Sua filha, Dulce, faleceu em 1966.
Em 1973, Tarsila falece em São Paulo, devido a sua depressão. Consagrada até os dias de hoje, a artista deixou um vasto acervo artistico que até os dias de hoje são expostos em museus de vários países do mundo.